Leão de Nemeia
São várias as versões da origem deste leão – considerado irmão da Esfinge de Tebas, que era considerado terrível devido ao seu tamanho desmesurado e à dureza da sua pele, praticamente impenetrável.
A tarefa de matar o leão de Nemeia ou de Cleonas foi o primeiro dos doze trabalhos que o rei Euristeu de Tirinto impôs a Hércules e que o herói cumpriu para atingir a imortalidade segundo o conselho do oráculo dito pela pitonisa de Delfos (esta é uma das versões existentes para a fundamentação dos doze trabalhos).
Uma das versões do seu nascimento refere que Hera pediu a Selene que o criasse, o que ela fez a partir da espuma do mar que tinha fechado num baú. O baú foi parar a Nemeia, transportado no cinto de Íris. Uma segunda história conta que Selene, horrorizada com o ser a que tinha dado vida, o deixou cair perto de Nemeia, no monte Treto, e ele terá aterrado perto de uma caverna com duas entradas; a partir desse local, foi instrumento de Selene para castigar o seu povo por não ter cumprido um sacrifício que lhe era devido.
Na terceira versão, conta-se que o leão de Nemeia terá nascido do Cão-estrela Ortro e da Quimera (ou Equidna), ou de Tifão. Hércules tentou matar o leão com flechas sem sucesso, visto que o animal nem as sentiu; tentou matá-lo com a sua espada mas esta dobrou-se; finalmente, conseguiu apenas provocar zumbidos nos ouvidos do leão ao bater-lhe com a maça na cabeça. Hércules apenas conseguiu matar o animal quando entrou na caverna e lutou com ele corpo a corpo. Nesta luta apenas perdeu um dedo, tendo conseguido sufocar o leão até à morte. De aí em diante Hércules passou a usar a pele do leão às costas e a cabeça do animal sobre a dele próprio, tendo sido os únicos instrumentos capazes de a rasgar as garras do próprio leão.
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