Harpias


As harpias são criaturas da mitologia grega, frequentemente representadas como aves de rapina com rosto e seios de mulher.  Tinham a obrigação de entregar às divindades, os criminosos e aqueles que infringiam as leis. Existe também a versão que afirma que eram mensageiras do deus Hades. O nome “harpias” significa “aquelas que agarram” e vem do grego antigo “arpax”.

Na história de Jasão, as harpias foram enviadas para punir o cego rei trácio Fineu, roubando-lhe a comida em todas as refeições.

Os argonautas Zetes e Calais, filhos de Bóreas e Orítia, libertaram Fineu das harpias, que, em agradecimento, mostrou a Jasão e os argonautas o caminho para passar pelas Simplégades (par de formações rochosas). Eneias e os seus companheiros, depois da queda de Troia, na viagem em direção à Itália, pararam na ilha das harpias; mataram animais dos seus rebanhos, atacaram-nas quando elas roubaram as carnes, e ouviram através de uma das harpias terríveis profecias a respeito do resto da sua viagem.

Segundo Hesíodo, as harpias eram irmãs de Íris, filhas de Taumante e a oceânide Electra, e seus nomes eram Aelo (a borrasca), Celeno (a obscura) e Ocípete (a rápida no voo). Higino lista os filhos de Taumante e Electra como Íris e as harpias, Celeno, Ocípete e Aelo, mas, logo depois, dá as harpias como filhas de Taumante e Oxomene.

As harpias são referidas na Eneida de Virgílio como residindo nas Estrófades, um pequeno arquipélago do mar Jónico, à entrada do Orcus, ou numa gruta em Creta, por Apolónio.

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